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Abastecimento de Água em Cáceres: um marco histórico que preparou a cidade para o futuro


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Cáceres, conhecida por sua beleza natural, pelo encanto do Rio Paraguai e pela hospitalidade de seu povo, guarda também uma história de superação e visão quando o assunto é abastecimento de água. O que hoje parece simples — abrir a torneira e ter água potável — foi fruto de quase um século de esforços, planejamento e progresso.


As origens: a preocupação com a saúde pública (1925)

Em 1925, o então Intendente-Geral do Município, Dr. Humberto Dulce, já chamava atenção para um problema que preocupava a cidade: a falta de água potável de qualidade. Em seu relatório à Câmara Municipal, ele descrevia que a população dependia de vendedores que coletavam água diretamente do Rio Paraguai — muitas vezes nos pontos de menor correnteza, o que tornava o consumo arriscado à saúde.

Preocupado com a higiene e o bem-estar dos cacerenses, Dr. Humberto propôs a construção de uma caixa d’água central com capacidade para 15 mil litros, abastecida por um pequeno motor a vapor ou gasolina. A ideia era garantir água limpa para todos e controlar sua distribuição.

Apesar da visão avançada para a época, o projeto só se concretizaria anos depois.


A chegada da água encanada (década de 1930)

Somente na década de 1930, a cidade começou a contar com um serviço particular de fornecimento de água encanada, implantado pela empresa Castrillon & Irmãos. Era o primeiro passo para modernizar o sistema e levar mais dignidade às famílias de Cáceres.


O SAAE e a municipalização do serviço

Com o avanço urbano e o aumento da população, o poder público passou a assumir papel mais ativo. Na administração do Dr. José Rodrigues Fontes (1947–1951), o serviço foi incorporado ao município, e em 1958 nasceu o SAAE – Serviço de Abastecimento de Água e Esgoto de Cáceres.

Essa etapa marcou o início de uma nova era: a gestão pública da água, voltada para o atendimento de toda a comunidade.


1975: Ernani Martins e a era da modernização

Em 1975, o então prefeito Ernani Martins foi o responsável por um dos maiores avanços no saneamento de Cáceres. Pela Lei nº 547, ele foi autorizado a assinar o contrato de concessão dos serviços de água e esgoto com a Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso (Sanemat).


As parcerias com o governador José Garcia Neto foram fundamentais. Em 1977, durante uma cerimônia pública na Praça Barão do Rio Branco, foi lançado o edital para implantação de 23 quilômetros de rede de distribuição de água, além da construção de uma nova estação de captação e adutora — obras executadas pelo Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS).

Essas melhorias garantiram qualidade, segurança e regularidade no abastecimento, preparando Cáceres para o futuro e fortalecendo sua infraestrutura urbana.


De ontem para hoje: um legado que continua fluindo

Do sonho do Dr. Humberto Dulce, em 1925, à visão administrativa de Ernani Martins, em 1975, a história do abastecimento de água em Cáceres é um verdadeiro exemplo de evolução e compromisso com a qualidade de vida.



Fontes:

 
 
 

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